Há quem diga que toda a diversidade de línguas
presente no mundo seria um verdadeiro problema. Para eles, essa diversidade
representaria uma dificuldade para a comunicação entre os seres humanos. A
partir do momento em que existem diferentes línguas, as pessoas não seriam
capazes de se comunicar e chegar ao entendimento. Porém, outros tenderiam a
enxergar essa questão sob o ponto de vista oposto. Segundo esse ponto de vista,
diferentemente de ser um verdadeiro problema, essa diversidade representaria
uma das mais ricas características humanísticas. Ou seja, a partir do momento
em que existiriam diferentes línguas haveria a possibilidade de existência de
novos modos de comunicação, fala, escrita e expressão de ideias. E quando falo
em expressão de ideias, tenho em vista que as diferentes línguas poderiam
expressar o pensamento de modos variados. Percebemos a sua determinação no
mundo por meio das diferentes manifestações artísticas, como a pintura,
literatura, arquitetura e música, por exemplo. Aqui, consideramos o pensamento
artístico. Mas o que seria o pensamento? Acompanhem comigo algumas ideias que
me ocorrem neste momento e que serão esboçadas ao longo deste breve ensaio.
A língua materna faz parte da vida das pessoas
desde o momento em que elas começam a receber as primeiras influências de certa
comunidade linguística. Há pessoas que crescem em um ambiente monolíngue, ou
seja, o aprendizado das primeiras palavras e a comunicação acontecem por meio
de uma língua apenas. Entretanto, há pessoas que crescem em um ambiente
multilíngue, ou seja, o aprendizado das primeiras palavras e a comunicação
acontecem por meio de duas ou mais línguas. No primeiro caso, as pessoas herdam
o legado linguístico de uma comunidade de falantes. No segundo caso, as pessoas
herdam o legado linguístico de pelo menos duas comunidades de falantes.
Para uma pessoa que cresce em um ambiente
monolíngue isso não significa que ela falará uma única língua ao longo de toda
a vida. Existe a possibilidade de que essa pessoa, ao longo de sua formação
educacional, descubra novas referências e tenha o interesse despertado em
estabelecer contato e aprender a língua de outras comunidades linguísticas.
Perceba que se essa pessoa considerasse correto o preceito segundo o qual a
diversidade de línguas presente no mundo representasse um verdadeiro problema,
ela desconsideraria que a diversidade de línguas presente no mundo representa
uma das mais ricas características humanísticas. Ou seja, ela deixaria o
aprendizado de uma nova língua de lado, pois para ela, o entendimento entre os
seres humanos representa um problema insolúvel, uma vez que os desentendimentos
sempre aconteceram e as coisas sempre foram assim. Então, a possibilidade de
aprender uma nova língua não faria sentido algum.
Por outro lado, a partir do momento em que se
descobre como essa diversidade de línguas representa uma das mais ricas
características humanísticas, surge a possibilidade de aprender uma nova língua
e, consequentemente, a possibilidade de fazer parte de uma nova comunidade de
falantes. Wittgenstein dizia que os limites de sua linguagem
significavam os limites de seu mundo. Ou seja, quando alguém decide
aprender uma segunda língua, um novo modo de comunicação, fala, escrita e
expressão de pensamento poderá nascer. Neste sentido, a vontade de aprender uma
nova língua é nutrida pela curiosidade da descoberta de um novo mundo, e,
quando a vontade de aprender uma nova língua é uma chama acesa, esse mundo não
tem fronteiras. Dito de outro modo, a vontade de aprender uma nova língua
surge a partir do momento em que há uma curiosidade em compreender o que as
outras pessoas pensam e têm a dizer. Estabelecer contato com o patrimônio
cultural de outros povos de um modo tão íntimo, isto é, a partir do conhecimento
da língua daquela comunidade de falantes, pode ser uma das experiências
existenciais mais enriquecedoras. Ler livros, ouvir música, assistir a filmes,
acompanhar as transmissões de conteúdo ou aprimorar a arte da conversação,
entre outras coisas, tudo isso poderá ser feito quando passamos a cultivar
novas línguas. Se os modernos fizeram a exploração do Novo Mundo pelas vias
marítimas, não seria uma má ideia explorarmos não só o Velho Mundo pelas vias
linguísticas, mas também o mundo inteiro.
Quando aprendemos a cultivar a prática e a
aprendizagem de novas línguas, passamos a valorizar aquela riqueza de
características humanísticas em termos linguísticos. A comunicação acontece na
vida cotidiana, e muitas vezes, quando não somos capazes de fazer o bom uso das
palavras, o entendimento torna-se mais difícil. Isso acontece com os
próprios falantes no interior de uma comunidade linguística e entre os falantes pertencentes a diferentes comunidades linguísticas. Contudo, tenho a
impressão de que essa complexidade presente durante a comunicação representa mais
um traço de funcionamento das línguas e não um verdadeiro problema. Há quem
goste de usar um vocabulário mais rebuscado e complicar a comunicação, por
exemplo. No entanto, quando estamos dispostos a nos comunicar e expressar os
nossos pensamentos de modo simples, claro e acessível podemos construir o
entendimento.
Existem muitas línguas, e por mais que uma pessoa
queira aprender a falar novas línguas, creio que seria praticamente impossível
aprender todas elas ao longo de uma vida. Neste sentido, a fim de promover a
compreensão, o entendimento e o estreitamento de laços culturais e comerciais
entre os povos, surge a figura do tradutor. Esse profissional dedicou muitos
anos de sua vida ao aprendizado de línguas com as quais trabalha, e depois de
todo o aprendizado, o cultivo dessas línguas passou a acontecer naturalmente.
Já comentamos em certas publicações anteriores que
uma mesma palavra pode ser usada em contextos diversos, e quando o uso transita
entre os contextos, as sentenças teriam significados diferentes. Por exemplo, a
palavra “tolerância” pode ser usada em contextos variados, e dependendo do uso,
o seu significado pode mudar. Assim, a partir do momento em que um dos
componentes constitutivos das línguas é a palavra – refiro-me às línguas para
as quais a ideia de palavra faz algum sentido, entretanto, há outras línguas em
outras regiões e lugares cuja ideia de palavra talvez não faça sentido algum –,
e a comunicação, fala, escrita e expressão de pensamento acontecem por meio das
palavras, também, o reconhecimento de diferentes línguas presentes no mundo
implica no reconhecimento de diferentes comunidades linguísticas.
O tradutor, por sua vez, tendo em vista o cultivo
das diferentes línguas com as quais trabalha, pode colocar em prática duas
habilidades linguísticas muito interessantes para promover a compreensão e o
entendimento: a cordialidade e a versatilidade linguísticas. No meu caso,
trabalho com os pares linguísticos inglês>português e francês>português.
Assim, além da comunidade lusófona, considero-me um membro das comunidades
anglófona e francófona. Ou seja, considero-me em estreita relação com os falantes
dessas comunidades a partir do momento em que em certas circunstâncias de minha
vida tive o interesse em aprender, estudar e cultivar as línguas inglesa e
francesa. Por outro lado, retomei os estudos de espanhol faz pouco tempo e
tenho a intenção de oferecer os meus serviços linguísticos no par de idioma
espanhol>português em breve, ou seja, estou voltando a fazer parte da
comunidade linguística hispânica. É muito gratificante a ideia de poder
estabelecer comunicação com os nossos queridos vizinhos latino-americanos. E
também com os espanhóis. A minha trajetória linguística acontece assim. A minha
língua materna é o português; em seguida aprendi inglês; o espanhol foi a
terceira língua, cujos estudos foram interrompidos depois de um ano; depois o
francês foi a quarta língua; após ter concluído os estudos de francês, retomei
os estudos de espanhol.
Assim, se considerarmos que uma pessoa não será
capaz de aprender todas as línguas existentes ao longo da vida, e se
considerarmos que as próprias pessoas têm certas afinidades com o aprendizado
de certas línguas, e se considerarmos ainda que existem outras pessoas que não
têm o menor interesse em aprender outras línguas, o tradutor poderia
representar uma figura muito interessante para promover o entendimento e a
compressão, portanto, o seu trabalho tende a aproximar as pessoas. Para o
tradutor, a diversidade de línguas presente no mundo representa uma riqueza
humanística considerável. E o fato de haver muitas pessoas que se comunicam
apenas na língua materna pode ser um estímulo adicional para o trabalho do
tradutor. Essas pessoas poderiam ser incluídas na comunicação que acontece na
vida cotidiana. Por exemplo, um paciente que está procurando certas informações
para um tratamento médico poderia ter acesso às novidades que estão acontecendo
em outros países por meio das divulgações científicas que estão sendo feitas em
sua língua materna. O trabalho de tradução gera inclusão linguística.
Por outro lado, a complexidade presente na
comunicação é perceptível durante a tradução de um texto. Neste sentido, tenho
a impressão de que o significado das palavras, e não a diversidade de línguas
presente no mundo, representa um problema para a comunicação. Se houvesse um
significado unívoco não haveria a necessidade de existência de toda a
diversidade linguística presente no mundo, e todas as pessoas seriam capazes de
chegar ao entendimento, concorda? Assim, a diversidade terminológica presente
no texto suscita por parte do leitor e leitora, entre outras coisas, a
investigação contínua pelo sentido para que o texto possa se tornar
inteligível, uma vez que o sentido das sentenças é construído a partir do uso
das palavras. Durante a tradução, uma das motivações do tradutor é construir um
texto que faça jus à inteligibilidade do texto original. E quando falo em
inteligibilidade estou considerando o termo em sentido amplo, ou seja, a
construção de sentido nas sentenças, a construção de coerência entre os textos
original e traduzido, o tom da mensagem, o estilo, a fluidez, a consistência
terminológica, entre outras características. Além disso, um elemento importante
que ajuda a nortear o trabalho do tradutor é ter em mente o público leitor.
Aliás, é para o público leitor que o texto traduzido será direcionado, e quanto
mais acessível, tanto melhor para o leitor e leitora.
Não poderia deixar de ilustrar como exemplo a
tradução de textos para a área médica. Traduzir um texto da área médica é um
trabalho de muita responsabilidade, mas não deixa de ser duplamente
gratificante. O uso, a tradução e o emprego terminológico devem ser precisos e
claros. Em primeiro lugar, trabalhar com um texto com conteúdo científico me
faz lembrar da época da faculdade, momento em que tive a oportunidade de
estudar os textos do médico e filósofo Sexto Empírico. Descobrir o seu notável
altruísmo filosófico foi um dos acontecimentos mais marcantes em minha jornada
universitária. Sempre tenho em mente os seus ensinamentos e o seu altruísmo
filosófico parece gerar um efeito notável em seus pacientes. Em segundo lugar,
saber que a tradução de um texto médico será direcionada para o leitor e
leitora representa inclusão em termos de bem-estar e saúde.
Entretanto, cultivar as línguas de outras
comunidades não implica deixar de lado a língua materna. Pelo contrário! Ainda
que o mundo possa não ter fronteiras, em termos linguísticos, para quem é
interessado pela aprendizagem de línguas, a língua materna é tão ou mais
cultivada quanto as demais línguas, uma vez que o tradutor vive em sua
comunidade de convívio linguístico mais estreito. Tenho a intenção de construir
a minha biblioteca ao longo de minha vida. Estou fazendo isso aos poucos. E na
maior parte do tempo livre gosto de colocar as leituras em dia. Pretendo
reservar um tempo de minha vida para ler mais detalhadamente os clássicos da
literatura brasileira. Quando era adolescente, no ensino médio, adorava as
aulas de literatura, e tinha uma predileção pelos estudos da língua portuguesa
e inglês. Nunca fui um aluno brilhante, mas gostava muito das aulas. No
entanto, tenho a impressão de que, depois de ter passado pela formação
universitária, essas leituras poderiam ser interpretadas sob uma nova ótica, com
uma bagagem filosófica viva. Por exemplo, gostaria de ler mais atentamente
Machado de Assis, Olavo Bilac, Lima Barreto, Graciliano Ramos, João Cabral de
Melo Neto, Cecília Meireles, Clarice Lispector, entre outros e outras. As
minhas leituras acompanharão os meus passos e seguirão o meu amadurecimento
como ser humano. Tive um professor na Universidade, apreciador da obra de
Diderot, que dizia que uma vida é insuficiente para lermos todos os clássicos.
Complementando a sua observação, diria também que, para lermos certos clássicos
em língua estrangeira, precisamos dedicar um tempo precioso de nossas vidas ao
estudo das línguas com as quais temos afinidade. Além disso, o resultado
concreto do trabalho de tradução é feito e entregue para o leitor e leitora na língua
materna.
Não poderia deixar de me recordar da provocação de
Schopenhauer, segundo a qual, para ele, a tradução seria “uma obra morta”.
Especificamente quanto às traduções dos escritores da antiguidade, a sua
provocação dizia ainda que “elas são um sucedâneo de suas obras assim como o
café de chicória é um sucedâneo do verdadeiro café”. Mais uma vez, gostaria de
expressar a minha discordância. E caro leitor e leitora, saiba que, quando
estamos dispostos a filosofar, a expressão da discordância é um desdobramento salutar
para o pensamento. E reconhecer a possibilidade da existência da discordância é
igualmente benéfico. Já ofereci alguns argumentos indicando a minha
discordância quanto à provocação. Gostaria de oferecer mais algumas
considerações. Uma tradução não é uma obra morta pelo seguinte motivo. A partir
do momento em que o tradutor trabalha motivado pela ideia de que ele pode
promover a compreensão e o entendimento, o resultado de seu trabalho gera a
aproximação entre as pessoas, assim como foi dito acima. Além disso, há pessoas
que podem ser beneficiadas com o contato de um texto traduzido. Imagine que um
jovem ou uma jovem estudante tem a curiosidade de estabelecer contato com
literatura estrangeira. Porém, naquelas circunstâncias, eles ainda não tiveram
a oportunidade de aprender a língua do texto original. E isso pelos mais
variados motivos. Por exemplo, há casos de jovens carentes que não têm
condições financeiras para custear os estudos de uma língua estrangeira. Isso é
bastante comum – aliás e infelizmente. Assim, ter a possibilidade de levar um
texto traduzido para esses leitores poderia ser formidável. A partir do contato
com essa leitura, esses jovens poderiam manter o interesse vivo em relação ao
estudo da língua estrangeira em um momento mais oportuno. Neste sentido,
traduzir, repito, é promover a inclusão linguística. Por outro lado, as obras
dos autores da antiguidade foram escritas em línguas que já não são mais
faladas contemporaneamente. Assim, o tradutor faz um trabalho muito minucioso
para tentar resgatar, entre outras coisas, a inteligibilidade daquela obra, e
na medida de suas forças, o resultado de seu trabalho deverá oferecer o texto
traduzido respeitando as mais diversas características literárias do texto
original. Ou seja, houve certas vivências intelectuais e todo um itinerário foi
percorrido pelo tradutor. Obviamente, os textos são diferentes, se
considerarmos que eles estão escritos em línguas distintas, entre outros
aspectos. No entanto, penso que o trabalho do tradutor tem a sua importância a
partir do momento em que ele oferece ao público leitor uma possibilidade de
leitura, além de manter o interesse e a curiosidade vivos para que as pessoas
possam saber o que aquele autor dizia naquele passado distante.
A essa altura, o leitor e leitora poderiam formular
a seguinte objeção. O aprendizado de uma língua é cheio de dificuldades. Além
disso, muitas pessoas não gostam de ler, então, por que elas leriam uma
tradução? Em primeiro lugar, além de todos os benefícios que o aprendizado de
uma língua poderia proporcionar, a prática da aprendizagem pode ser
interpretada como um ato de modéstia. Quando uma pessoa é exposta à
aprendizagem de uma língua estrangeira, ela terá a oportunidade de estabelecer
contato com outras visões de mundo, opiniões, modos de se comunicar, etc. Além
disso, essa pessoa passará a aprender, praticar e descobrir a tolerância a
partir do momento em que passa a vivenciar em detalhes diversos aspectos de uma
nova cultura, aprender os costumes e os modos de pensar. Eis aqui algumas das
riquezas humanísticas que poderiam ser absorvidas em relação à diversidade
linguística. Essa pessoa passa a fazer parte de uma nova comunidade de
falantes. Em segundo lugar, quanto ao gosto pela leitura, de fato existem
muitas pessoas que não gostam de ler na língua materna. E, assim, muitas
pessoas nem têm a noção da importância de um texto traduzido. Entretanto, penso
que o gosto pela leitura pode ser adquirido ao longo da vida e, então, a sua
prática poderia tornar-se um hábito. Já imaginou como o contato com as palavras
pode estimular a inventividade, colocar o pensamento em movimento e gerar novas
ideias? Assim, quando as pessoas puderem descobrir toda a riqueza que há no
aprendizado de línguas e, consequentemente, no gosto pela leitura, elas poderão
atribuir valor a um texto traduzido. Eis, então, a descoberta da importância do
trabalho de um tradutor.
E quando falamos em tolerância, eis um outro
aspecto de toda a riqueza humanística que evocamos acima. Com o cultivo de
diferentes línguas passamos a reconhecer as comunidades de falantes e os seus
mais variados modos de comunicação. Aqui o leitor e leitora poderiam formular
uma outra objeção. A comunicação muitas vezes é ininteligível e existem muitas
tensões quando ela acontece entre as pessoas. Em primeiro lugar, reconhecer as
mais diversas comunidades de falantes implica no reconhecimento de que diversos
fenômenos linguísticos estão presentes no interior dessas comunidades. Novas
práticas e abordagens linguísticas podem nascer espontaneamente. Um determinado
grupo linguístico no interior dessa comunidade de falantes poderá adotar um
vocabulário específico, poderá usar certas expressões e poderá – por que não? –
adotar certas práticas discursivas em detrimento de outras. Como foi dito
acima, esses fenômenos linguísticos são dinâmicos e acontecem espontaneamente.
Em segundo lugar, uma comunidade linguística adota a sua referência normativa
que determina a norma culta. Quando esses fenômenos linguísticos acontecem
espontaneamente no interior da comunidade de falantes, eles geram novidades,
entre outras coisas. Eis que surge a partir de então uma tensão entre a
novidade e o uso convencional da norma culta. E tenho a impressão que essa
tensão também não representa um problema, mas um traço de funcionamento das
línguas. Com o passar do tempo, e com a descoberta e adoção de novas práticas
linguísticas, certos usos e modos de se comunicar tornar-se-ão habituais e
estarão presentes entre os falantes. Ou seja, por um lado, existem os fenômenos
linguísticos que acontecem espontaneamente; por outro, a referência normativa
que convenciona a norma culta. E penso que ambos podem coexistir pacificamente.
Caberia, então, aos falantes fazerem o bom uso das palavras, ter a disposição
de expressar de modo claro o que pensam e ter o bom senso de identificar o
contexto no qual a comunicação acontece. Afinal de contas, para haver comunicação,
é necessário haver predisposição e boa vontade por parte dos interlocutores.
Para concluir o texto, gostaria de finalizar
dizendo que o ato de modéstia que colocamos em prática quando estamos
aprendendo, e não só as línguas, mas todos os modos de aprendizado que estamos
dispostos a absorver para que possamos estar no mundo mais inteligentemente,
parece ser um ato muito benéfico para o aperfeiçoamento do gênero humano. Já
pensou como poderia ser interessante abrir um livro de filosofia, por exemplo?
Assim, a imagem do professor e da professora vem à mente. Tive a oportunidade
de conhecer pessoas muito generosas ao longo de minha jornada de aprendizado –
constante e ininterrupto – nas escolas, nas escolas de idiomas e na
Universidade. Então, vejo uma relação direta entre o trabalho desses
profissionais, o trabalho do tradutor e o trabalho de leitura por parte do
público leitor. O gosto pela leitura e o possível gosto pela leitura de um
texto traduzido podem nascer, também e sobretudo, no ambiente escolar e
universitário. Não poderia deixar de expressar a minha gratidão e dizer muito
obrigado para todas essas pessoas.
Muito obrigado pela atenção e espero que você tenha
apreciado a leitura. Até a próxima publicação!
Sobre a pintura:
Vincent van Gogh (1853 – 1890)
O par de sapatos
Paris, setembro-novembro 1886
óleo sobre tela
Van Gogh Museum, Amsterdam (Vincent van Gogh Foundation)
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